Usamos o termo ‘design vernacular’ para descrever práticas não-acadêmicas de design que têm como característica uma forte influência local. Afinal, é possível encontrar esses artefatos em várias situações do nosso cotidiano. Como por exemplo, em placas que encontramos no caminho para o trabalho ou até mesmo na feira do bairro.

Esses artefatos apresentam diversas características que diferem do design formal, como: 

  • simplicidade nos materiais utilizados para a confecção; 
  • estética espontânea e emergente sem preocupação com alinhamentos, ou legibilidades; 
  • linguagem mais simples, podendo até mesmo conter erros ortográficos.  

Atualmente, essas expressões visuais se tornaram menos comuns, principalmente por conta da evolução da produção gráfica. Fazendo com que o design vernacular quase não seja visto nos grandes centros urbanos, sendo mais comum em bairros afastados do centro das cidades ou no interior.

Qual a importância do design vernacular?

Segundo a autora Ellen Lupton, o design vernacular não deve ser visto como algo “menor” ou antiprofissional. Mas sim como um amplo território onde seus habitantes falam um tipo de dialeto local. Não existe uma única forma vernacular, mas uma infinidade de linguagens visuais. 

Atualmente, podemos notar que esta é uma prática presente no cotidiano de muitas pessoas. Como uma prática, de grande importância, da expressão cultural. Assim, um componente significativo para propagação da linguagem popular em um ambiente com facilidade tecnológica para reprodução de materiais das mais diversas complexidades.

Como o design vernacular é visto atualmente?

Assim, sendo disseminada de diversas formas, o design vernacular está presente também como referências para trabalhos de design que buscam transmitir essas características locais e populares. O álbum Brasil Afora, dos Paralamas do Sucesso, pode ser um exemplo, onde os designers André Lima e Rafael Alves fizeram uma pesquisa de linguagem da expressividade brasileira encontrada nas estradas do Brasil.

Da mesma forma, existem movimentos que tentam resgatar essas estéticas do design vernacular, adaptando-as para expressões contemporâneas. Os letterings de cartazes de supermercado, que são considerados como tipografia de inspiração vernacular, já são ressignificados para diversos projetos gráficos. Trazendo a estética mais manual e fluida, que podem ser facilmente aplicadas em projetos visuais relevantes.

Ou seja, o objetivo dessas representações contemporâneas é reforçar a identidade cultural de algum local através dessa prática manual, adaptando-a para o ambiente digital e mantendo-a presente na atualidade. Além de tornar essas características – que envolvem diversas técnicas, materiais e linguagens -, uma forma de transmitir a ligação de cada lugar com o público, em diferentes escalas.

Conclusão

O design vernacular se torna muito importante para preservar uma técnica muito influente no Brasil. Sendo assim, um dos caminhos para a valorização da estética vernacular nesse meio é a confecção de tipografias e de materiais gráficos, inspirada nas características que necessitem representar a cultura de uma determinada região.

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